O futuro da formação pública foi discutido por representantes dos 26 estados e do Distrito Federal.
O evento, que se estendeu até o dia 14 de junho, teve como objetivo fortalecer a integração e colaboração entre as escolas de governo, além de fomentar a construção e o aprimoramento das ações dessas instituições. Nesta edição, o cronograma do evento contou com três dias repletos de palestras e atividades interessantes.
No primeiro dia, os representantes da EGEP/RJ participaram de uma mesa central com as outras escolas de governo estaduais para discutir boas práticas na gestão pública, mapeamento, orçamentos e premiações das escolas. Além da apresentação do prêmio Ser Humano da ABRH, a cerimônia de abertura contou com a presença da presidente da Enap, Betânia Lemos, que realizou uma apresentação impactante sobre equidade de gênero na gestão pública, com recortes de raça/cor e liderança.
“As mulheres são maioria na população, mas os homens são maioria no serviço público. E sabe quantos % de homens e de mulheres a gente tem nos cargos e funções de liderança? 60% de homens e 40% de mulheres, mesmo elas tendo um esforço maior de qualificação: metade das mulheres na Administração Pública Federal tem pós-graduação. Isso significa que o esforço de qualificação que as servidoras estão fazendo ainda não resultou em aumento significativo das oportunidades de ocupação de cargos e funções de liderança por elas.”
Betânia ressaltou
A presidente da Enap reforçou a importância do Decreto nº 11.443/2023, que prevê a reserva de, no mínimo, 30% de cargos em comissão e funções de confiança na administração pública federal para pessoas negras. A Enap tem investido em ações que abrem caminhos para mulheres e pessoas negras, como o Programa de Formação e Iniciativas Antirracistas (FIAR) e o Programa de Formação e Iniciativas Feministas (FIF), ambos desenvolvendo lideranças e promovendo letramento de gênero e produção de evidências para políticas públicas.
Desde o ano anterior, os programas FIF e FIAR capacitaram mais de mil servidores em questões de gênero e raça, incluindo mais de 600 servidoras em cargos de liderança e mais de 250 servidores negros em cargos de liderança.
Nos dias seguintes do evento, ocorreram o Fórum do Consad e outras dinâmicas estimuladoras entre os secretários e entre também, os GTs.
Foi apresentado aos secretários a estrutura de cada escola de governo, detalhando quantas eram fundações, quantas eram autarquias e quantas estavam vinculadas a secretarias, além de fornecer informações sobre os orçamentos e premiações das escolas.
Discutiu-se a importância de apresentar as escolas como fundações ou autarquias, destacando que a definição jurídica influencia diretamente a autonomia administrativa e financeira, a capacidade de inovação e a flexibilidade na gestão de recursos e projetos.
Com essas atividades e debates, o 2º Encontro Nacional de Escolas de Governo em Sergipe consolidou-se como um espaço vital para a troca de experiências e a construção de uma formação pública mais integrada e eficiente.